domingo, dezembro 31, 2006

Rescaldo do ano 2006

Com o fim de ano à porta fomos ter com os dois treinadores, Bruno Oliveira dos Séniores e João Lino dos Juniores, para sabermos algo mais sobre o que pensam das suas equipas e do que têm feito nesta época para alcançar os objectivos máximos.
As perguntas que lhes são feitas foram-nos propostas por adeptos e simpatizantes de ambas as equipas com o fim de serem eles os informados.


Bruno Oliveira

Chegado o final de ano e terminada a 1ª volta que análise fazes do desempenho da equipa até ao momento?

Temos sido inconstantes, temos muito a trabalhar, pelo menos para estabilizar num bom nível exibicional. O nosso desempenho também está muito ligado à noção do que é uma equipa, por vezes esquecemos que os nossos objectivos são comuns e desvirtuamos conforme nos dá jeito. Quando somos equipa e grupo somos imbatíveis, quando isso não acontece somos iguais aos outros.
Para a primeira volta estivemos, apesar de tudo, a 3 pontos de cumprirmos um dos nossos objectivos em termos de tabela. Mas espero muito mais deste grupo, e tenho essas esperanças porque acredito neles.

As lesões do inicio de época, como a do Nuno Riso, Nuno Pereira e do Diogo, e João Lino não poder treinar foram prejudiciais para o desempenho da equipa? Com eles achas que poderias ter mais pontos?

Nunca porei a questão dessa forma, não sei se teria mais pontos. Uma coisa é certa, seria mais fácil para toda a equipa uma vez que haveria mais opções. Cada vez dou mais valor a ter jogadores de características diferentes e adaptadas ao nosso tipo de jogo. Tendo menos jogadores, tenho menos opções.

Alguns adeptos são da opinião que deverias ser só treinador, para controlar melhor a equipa, mas estando a equipa com falta de jogadores, qual a tua opinião sobre este assunto?

Quando algo corre mal às vezes temos a tendência para apontar mil e uma coisas. No ano passado quando fizemos uma segunda volta excelente não estive só como treinador. Temos muitos jogos que ganhámos sem eu ter estado no banco.
Resumindo, eu no banco, não evito ressaltos de entrar na baliza, não empurro bolas para golo com a mente se alguém remata ao lado, não evito um jogador de levar cartão numa falta que se passa em 1 segundo… O jogador tem de se mentalizar que o trabalho/rendimento é efectuado/obtido ao longo da semana e do ano, já treinámos muitas coisas que não resultam devido a falha ou desconcentração de um, isso é que tem de acabar…
Estar no banco tem aspectos positivos e tem aspectos negativos como em tudo. Se eu me aperceber que tem mais negativos do que positivos, mudo para treinador só, ou, mudo só para jogador, fácil. Em qualquer das opções pretendo que o clube seja sempre o menos prejudicado. Para acabar este assunto, realmente no momento que atravessamos penso que seria menos uma opção acarretando todas as consequências que falei na questão anterior.

Estando agora no 6º posto, esperas acabar em que posição, tendo em vista alguns resultados desta 1ª volta?

As minhas expectativas já foram defraudadas uma vez, devido à falta de jogadores pelas mais diversas razões no início da época.
No mínimo quarto lugar. Temos potencial para isso e muito mais, mas só potencial não chega, já expliquei muita vez esta questão do potencial, ele simplesmente está lá, se não for utilizado não serve para nada. Mais que nunca está na hora do usarmos.


Dos sectores da equipa qual achas que ainda não atingiu o seu melhor?

Prefiro voltar a sublinhar a questão do colectivo. Aí ainda não estamos no nosso melhor, quando não damos o golo ao colega que está no sítio certo e preferimos rematar, quando criticamos fora e vamos para dentro fazemos igual, quando não respeitamos as regras impostas nos treinos de orientação colectiva quem aparece aonde e passa para quem, quando temos encostar e não apetece, quando temos de ser compreensivos entre nós e não somos, quando não queremos admitir os nosso erros… Melhorando estas pequenas coisas que disse somos imbatíveis, e vamos melhorá-las de certeza.

Achas que o banco/plantel deveria ter mais opções válidas para que quando jogassem o nível de jogo não fosse diferente?

O jogador é responsável por ser opção válida ou não, ou seja qualquer jogador é opção, mas a forma como treina, esforça, evolui, vai ditar se está pronto para entrar na competição ou não. Por muito bom que sejamos há sempre mais a trabalhar, sempre.
É claro ter mais jogadores aptos a entrar, ou seja ter mais jogadores preparados a todos os níveis, desde físicos, psicológicos, técnicos e tácticos, irá permitir manter o nível de jogo ou melhorá-lo, mesmo que alterando a forma de jogar. Se neste momento não estão todos ao mesmo nível, quem não está tem de “pedalar”, outra forma de resolver a questão é realmente conseguir assinar com jogadores já com bagagem competitiva, mas esse assunto também não quero aprofundar aqui.

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